Descrição: O Álcool (etanol) é a substância legalmente vendida mais amplamente utilizada e muitas vezes é co-abusada com outros agentes, como as anfetaminas e seus derivados. O co-abuso do etanol e drogas ilicitas contendo metanfetamina é prevalente em todo o mundo, inclusive no Brasil. O consumo crônico do álcool e drogas contendo metanfetaminas tem se tornado um problema de saúde pública Mundial no qual os países têm gastado milhões de doláres no tratamento físico-psicológico dos usuários crônicos dessas drogas. O uso comum concomitante do etanol e da metanfetamina tem grande potencial de interação, já que ambos são metabolizados no fígado a metabólitos hepatotóxicos e neurotóxicos. Distúrbios relacionados a memória, a motricidade e a afetividade são algumas das inúmeras alterações neurológicas observadas nos usuários crônicos de álcool e metanfetaminas. O álcool pode alterar a expressão ou atividade de algumas enzimas metabolizadoras de drogas, incluindo aquelas envovidas no metabolismo das metanfetaminas. O desenvolvimento das lesões hepáticas que varia desde a uma injúria inflamatória até a uma cirrose induzidas por álcool em alcoólicos está ligado à oxidação do etanol para o composto altamente reativo como o acetaldeído quebpromove nos hepatócitos e nas células neuronais processos inflamatórios até morte celular. O citocromo 450 (CYP2E1), é uma outra importante enzima metabolizadora de drogas e importante fonte de espécies reativas de oxigênio (EROs), como superóxidos (O2) e peróxido de hidrogênio (H2O2), na injúria hepática induzida pelo álcool. O uso crônico associado das duas referidas drogas pode promover uma super-expressão dos EROs causando mais danos teciduais. Novos fármacos que atenue processos inflamatórios, principalmente em tecidos hepático e cerebral tem se tornado uma fonte inesgotável de estudos. O carvedilol, um anti-hipertensivo bloqueador do sistema nervoso simpático via adrenoreceptores 1, 2 e 1, tem mostrado propriedades antiinflamatórias. Em estudos prévios do nosso grupo, o carvedilol reduziu o estress oxidativo e a perda óssea em ratos com doença periodontal. A associação de fármacos a nanopartículas tem sido empregada em inúmeros modelos experimentais, uma vez que, nanotransportadores representam umanova plataforma para o transporte de agentes terapêuticos a alvos específicos. Por ser uma substância inerte e não tóxica, as nanopartículas de ouro utilizadas isoladamente têm se mostrado com propriedades anti-inflamatórias. Portanto, é objetivo desse projeto avaliar, em estudos in vitro e em modelo experimental em ratos com injúria hepática induzida pela associação do álcool e metanfetamina, os efeitos anti-inflamatórios do anti-hipertensivo carvedilol associado a nanoparticulas de ouro em células e tecidos hepático e cerebral.
LAICI - Laboratório de Investigação de Câncer e Inflamação / Virtual Laboratory of Pathology
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